Leis Trabalhistas

Salário mínimo na Argentina: veja quanto é e suas características

Sem dúvida, a Argentina é um ponto de referência comum quando se trata de comparações com a cultura e padrão de vida brasileiro. E esse comparativo também se estende ao salário mínimo na Argentina. Afinal, é um país que faz fronteira com o Brasil e possui uma estrutura relativamente similar à brasileira. Além disso, o tamanho do país é considerável, o que torna um parâmetro para outros países da América Latina.

De fato, nos dias de hoje, o salário mínimo na Argentina é o segundo maior salário latino americano, além de ser o maior salário sul americano. Sem dúvida, isso dá o que falar e consagra o país como uma referência para os vizinhos. Afinal de contas, há anos o país vêm enfrentando cenários turbulentos e complicados. Isto é, em ordem prática, o salário mínimo na Argentina costuma ser difícil de analisar em termos de valor, pois sua relação com o dólar não é das mais descomplicadas.

Seja como for, o salário mínimo na Argentina é um dos aspectos econômicos dignos de serem examinados e compreendidos. Afinal, é possível observar uma série de fatores interessantes. Para descobrir mais sobre o salário mínimo na Argentina e outros coeficientes econômicos e trabalhistas do país, continue acompanhando esse artigo!

Salário mínimo na Argentina

O salário mínimo na Argentina tem aumentos aprovados com uma considerável frequência. A mais recente foi em agosto de 2019, como será colocado em perspectiva no fim desse artigo. Só para se ter uma ideia da discrepância com o salário mínimo do brasileiro, daremos um exemplo. No ano de 2017, o salário do trabalhador na Argentina a cumprir oito horas diárias era de oito mil e sessenta pesos argentinos. Isto é, se convertermos esse valor para a moeda brasileira, contabilizaremos dois mil e quarenta reais mensais para um turno integral.

Sem dúvida, isso, na prática, faz do salário mínimo na Argentina o maior salário a nível sul americano. Já no que se refere ao salário latino americano em geral, a Argentina fica atrás somente do Panamá. No entanto, em contrapartida, é necessário observar a questão inflacionária vivida no país.

O aumento de 2017 representou uma adição superior a 30% em relação ao salário anterior. Em 2015, menos de dois anos antes, o salário já havia ganhado um aumento maior a 25%. No entanto, o aumento do salário mínimo na Argentina em 2015 não foi tão favorável e proveitoso quanto sugere à primeira vista.

De fato, se tratou de um aumento generoso do ponto de vista salarial. Todavia, em comparação à inflação na mesma época, o aumento no salário na Argentina não representou praticamente nenhuma vantagem.

Por essa razão, embora um aumento seja visto com bons olhos, os argentinos são perseguidos pela sombra da inflação. Isto é, um novo aumento de salário pode indicar um novo aumento de inflação, restando pouco a se comemorar, no âmbito econômico.

Salário mínimo na Argentina

Condições e pagamentos do salário mínimo na Argentina

De fato, as condições e pagamentos do salário mínimo na Argentina são muito similares as do Brasil. Ou seja, a menos que ocorra algum regime trabalhista especial, o salário mínimo na Argentina é pago mensalmente. No país vizinho, ao contrário do padrão brasileiro, não existe somente uma modalidade para contratação de trabalhadores. Isto é, cada modalidade conta com especialidades no contrato em comparação às demais.

As condições, sem dúvida, são as diferenças principais no que se refere ao modelo brasileiro de pagamento. Por exemplo, na Argentina também ocorre o pagamento do décimo terceiro ao trabalhador. No entanto, esse valor é distribuído em doze parcelas, pagas no decorrer de um ano. Enquanto isso, no Brasil, o décimo terceiro é pago em uma parcela única ao fim do ano.

Além disso, as horas de trabalho para os argentinos também recebem uma flexibilidade maior. Por exemplo, o limite de horas de trabalho diárias é de oito horas. No entanto, esse limite é contado de modo semanal, com o limite de até doze horas por dia.  Por exemplo, se o trabalhador tem uma jornada de trabalho de cinco dias semanais, isso contabiliza um total de quarenta horas por semana.

Assim, há a opção de durante três dias trabalhar doze horas, reservando um dia para um turno menor de quatro horas. Essa alternativa é possível para os trabalhadores Argentinos, contanto que esteja prevista no acordo com o devido empregador.

Quais as dificuldades para o trabalhador da Argentina?

De fato, embora o salário mínimo na Argentina esteja entre os mais altos, existem desvantagens como em qualquer país. Não seria diferente para os argentinos, que têm sua vida trabalhista dificultada por alguns fatores. Por exemplo, mais da metade dos empregos na Argentina se enquadram na Lei de Flexibilização do Trabalho para Pequenas e Médias Empresas. Dentro dessa condição está a maior parte dos empregados que recebe piso salarial.

Essa lei argentina permite uma flexibilização maior, o que, sem dúvida, beneficia a geração de emprego. Por outro lado, ela cria uma variedade de incertezas para os trabalhadores enquadrados nela. Além disso, é preciso sempre frisar que apesar de tudo, a economia argentina é mais instável que a brasileira. Ou seja, ela enfrenta crises recorrentes e a inflação é um problema que está sempre nos calcanhares dos trabalhadores.

Salário mínimo na Argentina

Aumento no salário mínimo na Argentina

Como dito no início desse artigo, recentemente, há alguns meses, o salário mínimo na Argentina passou por um aumento de 35% em relação ao anterior. O aumento promovido pelo governo argentino no salário mínimo ocorreu em agosto desse ano de 2019.

O reajuste foi feito em três partes, constituindo parcelas de aumento percentual. Ou seja, o primeiro aumento ocorreu no mês de agosto, com uma subida de 13% no salário. O segundo, de 12%, aconteceu no mês seguinte, em setembro. Em outubro houve a terceira parcela, que por sua vez constituiu um acréscimo de 10%.

Ou seja, o valor do salário mínimo na Argentina foi elevado de doze mil e quinhentos pesos argentinos  O valor, portanto, será elevado de 12.500 pesos argentinos para dezesseis mil oitocentos w setenta e cinco pesos argentinos.