É prática comum ao se assinar contratos fazer uma assinatura na última folha e nas demais fazer uma rubrica para que fique testemunhado que as páginas do presente contrato foram lidos. Mas qual a necessidade dessa rubrica? Ela é obrigatória? O que difere da assinatura convencional do nome?
Existem regras para se fazer uma rubrica, um estilo determinado por cartórios ou pela esfera judiciária? E como desenvolver uma rubrica caso se tenha dificuldades de se elaborar uma?
Essas dúvidas em relação a rubrica serão respondidas logo mais nos tópicos abaixo.
Sugerimos, portanto, que prossiga na leitura para saber mais a respeito de rubrica.
Confira!
O que é rubrica?
Rubrica trata-se de uma versão reduzida, abreviada da assinatura convencional e é requisitada para a assinatura de contrato, para, como exposto acima, certificar de que o assinante tem ciência do conteúdo exposto nas páginas do contrato que assina. Outro aspecto é que, caso ocorra uma alteração do conteúdo, das páginas do documento assinado, a rubrica no texto original é uma garantia de que uma das partes tem conhecimento somente do que foi materializado naquelas páginas, se eximindo de responsabilidade do eventual conteúdo que tenha sido inserido sem a sua anuência posteriormente.
É também uma forma de fortalecer a segurança contra falsificação de assinaturas, pois o modelo reduzido, abreviado, proporciona variedade de estilo, de formas de escrita, o que dificulta para os falsários aplicar o golpe, já que será preciso mais informações para conseguir êxito em seus intentos e proporcionará mais trabalho com elevado grau de precisão.
Estilo de rubrica
Não existe uma determinação sobre o estilo de rubrica, tanto que há versões, modelos diferentes averiguados nas várias ocasiões no meio jurídico na qual se solicita uma rubrica. O que esses estilos têm em comum é o aspecto de assinatura desenhada, de logomarca, mas que pode reunir elementos diferentes ou simplificados.
Alguns preferem fazer uma rubrica usando apenas o seu primeiro nome. Outros preferem fazer uma junção, uma fusão das primeiras letras do nome com as do sobrenome, criando uma rubrica personalizada e que necessitará de conhecimento um pouco mais aprofundado sobre a pessoa para ser reproduzida.
O que difere a rubrica da assinatura?
É possível ou recomendado o uso da rubrica em substituição da assinatura convencional do contrato? Não, as duas formas de escrita são meios de identificação pessoal, no entanto a assinatura tradicional contendo todos os nomes da pessoa por extenso confere maior garantia de acerto por fornecer informação mais completa e por ser a requisitada para documentos de identidade.
Essa é a principal característica que as distinguem, assinatura e rubrica: assinatura é a inclusão por extenso de todos os nomes da pessoa.
Já a rubrica seria apenas uma simplificação, um resumo estilizado da assinatura que pode se ater somente a primeira letra do nome, o primeiro nome ou a conjunção dos dois primeiros.
Assim como no caso da rubrica, é recomendável que a assinatura contenha certo grau de estilização, de personalidade para aumentar a segurança contra cópia de terceiros. Por isso, é comum assinaturas se semelhando a desenhos ou com grafia muito particular que as vezes pode ficar ilegível para alguns.
Como criar uma rubrica
O primeiro passo ao querer ou necessitar criar uma rubrica é ter uma ideia clara do estilo que pretende imprimir, qual o principal requisito que deve ter para lhe gerar satisfação e segurança.
Seu objetivo é criar uma rubrica que seja difícil de ler, que seja legível ou ilegível? Gostaria de uma rubrica simples, de execução com um simples movimento? Letras juntas ou separadas?
A dica é encontrar o seu estilo fazendo experimentações. Após a definição, recomenda-se iniciar os ensaios de uma rubrica oficial escrevendo de forma que a torne legível, simples de ler e depois adicionar ornamentos, aplicar estilo desenhado para sofisticá-la.
Se a ideia é fazer uma rubrica que seja de difícil leitura, uma sugestão é deixar algumas letras de fora do seu primeiro nome.
Dicas de treino de rubrica
Depois de definido o estilo que pretende adotar na sua rubrica, os elementos que pretende reunir, utilizar, e de colocá-la no papel de forma legível, compreensível, as dicas de experimentações a se fazer para encontrar o modelo ideal são as seguintes:
- Se pretende usar o nome e sobrenome, experimente aumentar as letras maiúsculas, no tamanho que preferir, desde que se destaquem das demais;
- Outro truquezinho de diferenciação que pode praticar na sua rubrica é o colocar de um circulo ou uma perna nas extremidades das letras. As que causam melhores efeitos com esse estilo são as letras “E”, “G”, “T”, “Y”;
- Seguindo estilo parecido, uma experiência válida é tentar alterar as formas arredondadas das letras “B”, “U”, “P”, “C”, “O”, “R”;
- Um macete é a inserção de sublinhado em determinados trechos do seu nome e sobrenome, ou na mescla que pretenda fazer com dos dois;
- Por fim, você ainda pode tentar encontrar um estilo próprio misturando toques cursivos com letras de fôrma na assinatura.
Assinatura e personalidade
A assinatura e rubrica podem revelar muito da personalidade de uma pessoa, a qualidade, estética, beleza dos traços costuma ser uma ótima forma de marketing pessoal e para revelar algumas qualidades apreciáveis no meio que atua, por isso é importante se atentar para a questão da estética e do que pretende transmitir para as pessoas com a sua rubrica.
Por exemplo, uma rubrica ou assinatura pequena pode passar a imagem de pouco destaque, acanhamento, o oposto de uma rubrica grande, que já passa sensação de imponência, de presença marcante, porém se for exageradamente grande, uma interpretação possível seria o de pessoa espaçosa, arrogante.
Para diminuir esses riscos, aconselha-se optar por uma rubrica com tamanho médio. Caso tenha dúvida sobre a medida, tente fazer uma assinatura que se restrinja a duas linhas no máximo.
Bons exemplos para se inspirar é conferir a rubrica de pessoas famosas. Muitas podem ser encontradas facilmente em uma busca rápida na internet.
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