Quem exerce funções em que é preciso manusear dinheiro é provável que já tenha ouvido falar do termo “quebra de caixa”. Mas se você não possui um bom conhecimento do assunto, está no lugar certo.
Neste artigo iremos explicitar o que exatamente significa quebra de caixa e todos os procedimentos relacionados. Também explanaremos sobre as implicações para empregados e empregadores. Para entender mais, continue lendo.
O que seria uma quebra de caixa
Definir o termo exato da quebra de caixa é algo bem simples, mesmo aparentando não ser. Quebra de caixa é o nome dado ao valor que é acrescido no salário do funcionário que possui uma função que seja diretamente ligada ao manuseio de valores dentro da empresa.
Por esse colaborador ser o responsável pelo zelo com as finanças alheias, tem por direito um valor extraordinário a receber.
Dessa forma, as gestões das empresas reforçam a devida importância dessas funções. Também reconhecem a capacidade do colaborador, estimulam um ótimo desempenho e incentivam o caixa a ser positivo.
Como consequência, é notada, no fim de um período, a boa gerência do fluxo de caixa.
Quem são os que recebem gratificações de caixas positivos?
Os trabalhadores que usualmente recebem valores extras por conta da quebra de caixa lidam diretamente com dinheiro. Entre eles estão:
- Caixas de instituições financeiras e bancárias;
- Caixas de estabelecimentos comerciais em geral;
- Caixas de lanchonetes, bares, restaurantes e similares;
- Motoristas de ônibus que acumulam função de cobrador, e os próprios cobradores, entre outros.
Qual é o montante que se deve pagar ao colaborador?
É de extrema importância frisar que os valores que devem ser pagos ao trabalhador não são estipulados dentro da lei. Isso fica ao critério de cada empregador definir quanto e se vai mesmo acrescentar esse montante.
Também é importante salientar que os valores e a maneira como eles serão pagos precisam respeitar alguns critérios. São eles:
- Especificações das convenções ou acordos coletivos de trabalho;
- Regulamentações ou políticas internas da instituição;
- Acordo prévio entre empregado e empregador. Este deve ser estipulado no contrato de trabalho.
Como os pagamentos são registrados?
As leis trabalhistas não preveem a obrigatoriedade da anotação da quebra de caixa na CTPS. Mas, de qualquer maneira, havendo pagamentos dessa natureza, é interessante, tanto para empregado quanto para empregador, que esses pagamentos sejam devidamente anotados.
Isso evitará complicações futuras e também servirá para que fique registrado que não compõe o salário líquido.
Outra questão que carece de atenção especial é o desconto que porventura é feito no contracheque dos que recebem quebra de caixa.
As instituições não podem fazer quaisquer descontos salariais referentes a esses pagamentos extras. Descontos a serem feitos são somente os que têm obrigatoriedade amparada por lei.
Algumas dicas para aqueles que trabalham com manuseio do montante alheio
Exercer uma função onde há necessidade de manusear dinheiro de outrem – da empresa, mais especificamente dizendo – não é tarefa simples. Requer bastante atenção, pois todas as contas precisam ser fechadas no fim do expediente.
Para auxiliar quem pretende entrar na área ou quem já atua nessa função, aqui vão algumas dicas interessantes:
- Separação – Não misture finanças de cunho pessoal com dinheiro que não é seu, pois esse é um erro fatal. Este é o princípio básico para se seguir quando estamos lidando com o financeiro de uma instituição. Não “empreste” dinheiro seu para troco, ou pegue um “adiantamento” para o lanche. Isso evita muitos problemas;
- Cotidiano – Entenda minuciosamente o fluxo do caixa e todas as devidas operações que serão realizadas. Assim, será simples enfrentar os vários processos diários. Além disso, vai demonstrar sua competência e habilidade;
- Duração de tarefas – É imprescindível sempre tentar aprimorar os meios de exercer as tarefas para minimizar o tempo gasto nelas. Dessa forma, será possível atender melhor o cliente e tornar o dia a dia menos complicado. Sua agilidade facilitará em muito o seu trabalho, mas que seja feita de forma a não comprometer a qualidade;
- Organização – Parece bobo, mas algumas pessoas não possuem a destreza de organizar o meio de trabalho, bem como suas tarefas. Tente deixar tudo o mais organizado possível através de esquemas que facilitam a vida laboral;
- Responsabilidade – Ser responsável é uma das qualidades básicas que aqueles que trabalham na função devem ter. Assuma o seu dever dentro do ambiente de trabalho e desenvolva tudo da melhor forma possível;
- Conhecimento – Busque sempre estar atualizando quanto à parte teórica de sua profissão. Estude os conceitos, os termos de ordem técnica e o que mais implicar nas tarefas que exerce.
Algumas dicas para aqueles que trabalham com manuseio de montante do próprio negócio
Quem é administrador de um empreendimento próprio ou está em vias de abrir uma empresa, precisa ficar bem atento quanto à área financeira. Ter seu próprio negócio é mesmo gratificante, no entanto, exige trabalho árduo.
Uma boa sugestão seria considerar e aplicar o que for devido das recomendações dadas acima. Mesmo sendo você o proprietário do dinheiro, deve separar o lado empresarial do profissional.
Agora, entenda alguns pontos específicos com relação às finanças do caixa quando é você, o proprietário, quem lida com elas:
- Conhecimento – Assim como já dito anteriormente, as dicas anteriores também são bastante válidas nesse caso, mas tem alguns diferenciais. Ter seu próprio empreendimento implica em conhecer obrigatória e profundamente todo o esquema de produção até seu produto final. Se não é você para saber disso, quem saberá?;
- Planejamento – Palavra importante dentro da vida e, em especial, dentro de um negócio. Além de boas ideias, ótimos colaboradores e capital, é preciso ter o básico em planejamento e organização. Faça planos de curtos a longos prazos e tente cumprir suas metas e previsões de índices;
- Disciplina – Também é um item básico. Mantenha sempre o planejamento, não saia do orçamento, não deixe que as finanças que são pessoais influenciem nas da empresa;
- Compras – Compre somente o necessário, tentando economizar sempre que puder;
- Custos – Mantenha atualizado um controle de custos. Só assim será possível mensurar a quantidade do que falta e do que sobra. Também ficará menos complicado traçar planos de ações para o crescimento do empreendimento.
Você ainda tem questionamentos sobre o termo quebra de caixa? Deixe-os nos comentários. Esteja à vontade para expor sua opinião e experiências à respeito. Mas não se esqueça de compartilhar o post nas redes sociais para que ele alcance mais pessoas!